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Parque Nacional Peneda - Gerês - Portugal

Parque Nacional Peneda Gerês


Roteiro para 5 dias ou mais…


O Parque Nacional Peneda-Gerês, ou para nós apenas o Gerês é a nossa montanha especial, como se fosse a nossa segunda casa. Aqui encontramos lugares únicos que nos enchem o coração e nos contagiam de tranquilidade. É uma excelente montanha para explorar com a família ou com amigos, ou simplesmente para passear na Natureza. Esta será uma viagem para ser feita em carro próprio ou em carro alugado, de outra forma é quase impossível conhecer os locais por nós mencionados.




As Serras da Peneda e do Gerês estão localizadas no norte de Portugal e juntas formam o único parque natural do país, dando assim o nome a este recanto. Outras serras se juntam à paisagem, tais como a Serra Amarela e a Serra de Soajo.






O Parque Nacional Peneda-Gerês tem 8 barragens que fazem o aproveitamento de águas na região. São elas a Barragem do Alto do Cavado, Paradela, Salamonde, Caniçada, Venda Nova, Alto Rabagão, Lindoso e Vilarinho das Furnas. Os rios que formam o complexo hídrico e que são os nossos guias na montanha são o Rio Arado, o Rio Toco, O Rio Gerês, o Rio Homem, o Rio Lima, o Rio Castro Laboreiro, o Rio Cávado, O Rio Fafião e o Rio Cabril. 



A organização deste roteiro vai ser baseada na localização das Portas do Parque Nacional Peneda Gerês. São 5 as portas classificadas como "entrada" no parque. Cada porta representa simbolicamente cada parte estrutural do Parque Nacional Peneda- Gerês. Por essa razão estamos a mencioná-las e recomendamos que visitem o centro de interpretação associado a um núcleo museológico de cada porta para assim conhecerem melhor a cultura e o território de cada região. Em cada porta é possível recolher informações importantes sobre os percursos pedestres disponíveis naquela região, bem como mapas e locais de interesse. 




Porta de Lamas de Mouro (Melgaço)

O tema da Porta de Lamas de Mouro, no concelho de Melgaço, é o ordenamento do território que procura retratar a forma de povoamento e de organização do espaço no concelho de Melgaço. Desta porta destaca-se a aldeia de Castro Laboreiro.



Porta de Mézio (Arcos de Valdevez)

O tema da Porta de Mézio é a conservação da Natureza e da Biodiversidade, representando um laboratório vivo onde é possível observar e interpretar alguns dos valores naturais do parque. Uma das relíquias desta zona é a Mata do Ramiscal, onde podemos encontrar azevinhos de grandes dimensões. Contudo, esta é, igualmente, a porta de entrada da Serra do Soajo com destaque para a aldeia do Soajo e para o Santuário de Nossa Senhora da Peneda



Porta de Lindoso (Ponte da Barca)

O tema da Porta de Lindoso é atribuído à Água e à Geologia. No passado este foi um importante local de defesa territorial, uma vez que se encontra na fronteira com Espanha. A paisagem é fortemente marcada pela imponência da Serra Amarela com o rio Lima e seus afluentes. Nesta parte do parque é notável a componente geomorfológica que condicionou sempre a forma como os seus habitantes ocuparam e organizaram o espaço. Desta porta destaca-se a aldeia de Lindoso com o seu poderoso castelo e conjunto de espigueiros.



Porta do Campo do Gerês (Terras de Bouro)

O tema da Porta do Campo do Gerês é centralizado na História e Civilizações da região, focando-se na ocupação humana do território desde o período da ocupação romana até aos tempos mais recentes. Desta porta destaca-se o Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas, o Museu da Geira Romana e dos seus marcos miliários (via militar romana) e o Centro de Interpretação da porta, e a belíssima Mata da Albergaria rasgada pelo rio Homem. 



Porta de Montalegre (Montalegre) 

O tema da Porta de Montalegre fixa-se na paisagem da montanha. Nesta região assistimos ao contraste entre a paisagem agreste e montanhosa do Gerês, o que nós chamamos os "Picos do Gerês", e a suavidade do planalto da Mourela. O equilíbrio entre a paisagem natural e a humanizada. O centro de interpretação da Porta de Montalegre funciona no Núcleo Museológico do Ecomuseu do Barroso, no centro histórico de Montalegre. O grande destaque desta porta é a vila de Montalegre e as aldeias em seu redor. 




Quando visitar o Parque Nacional Peneda-Gerês?

A época escolhida para viajar até ao Gerês pode ser condicionada por vários fatores e pode depender do tipo de atividades que se pretende fazer. Para nós não existem épocas boas nem menos boas. No Verão os rios têm um caudal mínimo e em algumas cascatas a água corre em fio. No Inverno é o oposto, o que pode limitar um pouco os amantes das caminhadas em montanha. No Outono o Gerês recebe-nos vestido de amarelo e laranja com os seus rios e ribeiros com um caudal considerável. Na Primavera, os dias são maiores e o sol já inspira algum entusiasmo para o mergulho nas cascatas ou nas albufeiras das barragens. A montanha começa a dar os seus primeiros rebentos florais que decoram o granito com as suas cores. Fica difícil escolher, nós sabemos! 



Este roteiro foi elaborado mediante a nossa experiência pessoal, das várias vezes que visitámos o nosso querido Gerês e que convosco iremos partilhar alguns pontos de interesse no parque, repartidos por 5 dias, ou mais se quiserem!

Dia 1

1- Vila do Gerês

Nada melhor para começar esta visita do que escolher o coração do Gerês.





2- Mata da Albergaria

A Mata da Albergaria é um dos locais mais bonitos do parque e por sua vez uma das zonas protegidas. Durante a época alta para passar nesta estrada tem que se pagar uma taxa e não se pode parar na bermas em situação alguma. Se quiserem explorar melhor a mata devem deixar o vosso carro na Portela de Leonte e percorrer os 6 km a pé. Se seguirem o ribeiro irão mergulhar na floresta mais bem preservada no Gerês.








Embora já tenhamos visitado a Mata da Albergaria em diferentes alturas do ano, consideramos que a época mais impressionante será a estação do Outono. Nos finais de Outubro ou início de Novembro as cores da época entram no auge da sua beleza. 




Rio Homem e Cascata

















3- Estrada Panorâmica e Miradouro da Boneca

Percorrendo a estrada N-533 do Campo do Gerês em direção a Vilar da Veiga, irão percorrer uma das estradas panorâmicas mais bonitas do Gerês. Algures nesta estrada vão encontrar um cruzamento com indicação de "Miradouro". Podem deixar o vosso carro junto à placa e percorrer um pouco de estradão e seguir as indicações. Quando chegarem ao miradouro, olhem para a encosta que se ergue à vossa frente e acenem para os companheiros do miradouro da Pedra Bela! 




 



Na zona da Porta do Campo de Gerês, mais propriamente nesta estrada, a N-533, está localizado o Trilho da cidade de Calcedónia. Podem obter o mapa e algumas instruções no centro de informações da Porta do Campo do Gerês, contudo devem tomar algumas precauções, porque este trilho é feito maioritariamente em caminhos com muitos penedos e como devem calcular é difícil marcar trilho em cima de pedra e as marcações poderão não representar grande ajuda. Sugerimos que utilizem um aplicativo de GPS. 










Dia 2

No segundo dia sugerimos que visitem o "outro lado do Parque Nacional", o lado da Serra da Peneda e do Soajo. Sugerimos que percorram a estrada da Mata da Albergaria em direção à Portela do Homem rumo a Espanha. A intenção é ir visitar Castro Laboreiro e o Santuário da Senhora da Peneda, descobrindo outros recantos que não os que são apresentados nos guias turísticos! 


1. Miradouro do Carvallón

Este será o primeiro miradouro que irão encontrar. Aqui a montanha é partilhada com Espanha, inserida no Parque Natural Baixa Limia - Serra do Xurês. Antes de chegarem a este miradouro, irão passar por um conjunto de vários marcos miliários que fariam parte da Geira Romana, que continuará até Astorga.




2. Águas Quentes de Bubaces (Lobios)




Dica de Viagem: Passando Bubaces, devem seguir a estrada em direção a Lobios. Dentro de Lobios devem tomar a direção de Ourense e no cruzamento seguinte devem continuar na mesma direção. Após passarem a ponte sobre o rio Lima, bem como as bombas de combustível do vosso lado esquerdo, encontraram uma placa indicativa Entrimo, que devem seguir. 


3. Igreja de Maria La Real

Esta igreja está localizada em Entrimo e terá sido construída em 1739 em estilo barroco. 




A partir de Entrimo basta seguir sempre a estrada que nos levará a uma fronteira desconhecida e impercetível entre Portugal e Espanha, a fronteira de Ameijoeira.



Esta será mais um estrada panorâmica no Parque Natural Peneda-Gerês que vos levará a Castro Laboreiro, uma aldeia peculiar do Gerês, onde podem e devem provar as fabulosas iguarias. Nesta fase do roteiro já devem ser horas de almoço e este será um excelente local para comer.






4. Castro Laboreiro

A aldeia de Castro Laboreiro é uma aldeia característica do Gerês integrada na Porta de Lamas de Mouro na qual há muito para explorar e muitos recantos para descobrir. Na aldeia destacamos a Igreja Matriz e o Castelo.

Rio Castro Laboreiro

Igreja Matriz de Castro Laboreiro


Castelo de Castro Laboreiro

O que visitar em Castro Laboreiro!

Sugestão Gastronómica em Castro Laboreiro

5. Santuário de Nossa Senhora da Peneda

O imponente santuário foi erguido em honra da Nossa Senhora das Neves, que segundo a lenda a imagem da santa foi encontrada numa lapa (penedo) e por essa razão terá sido construído aqui um templo. 



A construção da igreja foi inspirada no Bom Jesus de Braga, sendo que na parte inferior do santuário existem um série de capelinhas que formam um circuito pedestre, em que de um lado representam a Via Sacra e as do lado oposto são dedicadas a Santos.




Junto ao Santuário, durante ou depois da época das chuvas forma-se uma cascata, a Fraga da Meadinha.




6. Miradouro Vale da Peneda

Depois de visitarem o Santuário, devem retomar a estrada e seguir em direção a Soajo. Contudo sugerimos que apreciem o Miradouro Vale da Peneda. Este miradouro fica depois da aldeia de Rouças e daqui obtemos uma perspetiva um pouco diferente da montanha. Os pináculos do Gerês lá ao fundo e mais perto uma montanha forrada de verde pela sua abundante vegetação. Na primavera outras cores se misturam com o granito. 



7. Soajo

A aldeia de Soajo é conhecida pelo seu belíssimo conjunto de espigueiros ou canastros como a população igualmente usa chamar. São 24 espigueiros assentados num afloramento rochoso com uma vista fabulosa sobre a montanha.







Sabiam que!

Existe uma disputa entre a aldeia de Castro Laboreiro e a aldeia do Soajo, para saber a origem do cão de raça Castro Laboreiro? Ora uns dizem que é o Cão Sabujo Português outros dizem cão Castro Laboreiro. 




7. Castelo de Lindoso

A aldeia de Lindoso acolhe um dos castelos mais encantadores do Norte de Portugal, o Castelo de Lindoso.   




O Castelo de Lindoso foi fundado no século XIII e restaurado pelo rei D. Dinis. Desempenhou ao longo dos séculos, em diversas ocasiões, um papel relevante na defesa da fronteira e teve atividade militar até 1895, data em que foi desativado. 



Na área envolvente do castelo existe um enorme núcleo de 67 espigueiros, considerado o maior e mais bem conservado conjunto de espigueiros do Parque Nacional Peneda-Gerês. 




Dia 3

Este dia será dedicado ao coração do Gerês, onde se encontram os recantos mais puros e onde é possível conviver com as gentes de aldeias com características muito particulares.


1- Aldeia de Fafião



A aldeia de Fafião, à semelhança da aldeia da Ermida é outra aldeia comunitária. Esta aldeia é a fronteira entre o Gerês minhoto com o Gerês transmontano. 







Em Fafião encontra-se bem conservado o Fojo do Lobo e tem um núcleo museológico e Ecomuseu do Barroso. Parem o carro e percorram as ruas da aldeia a pé. 

2- Pincães
A aldeia de Pincães guarda o seu maior tesouro, a Cascata de Pincães, que consideramos a mais bonita cascata do Gerês, na nossa opinião pessoal.



3- Cabril
A aldeia de Cabril é uma aldeia de passagem obrigatória. Quando a água do rio vai baixa conseguimos ver o que resta da Ponte Velha de cabril.



4- Ponte da Misarela
A Ponte da Misarela está localizada no lugar de Sidrós. Existe um trilho muito bonito que para além da Ponte da Misarela, o trilho passa em algumas aldeias em seu redor, estamos a falar do PR5- Trilho da Ponte da Misarela


Dicas de Viagem: Seguindo as indicações da Ponte da Misarela, devem percorrer uma estrada empedrada até ao fim e deixar o carro junto a uma capelinha e fazer o trilho a pé até à ponte. Contudo, para evitar confusões com carros, aconselhamos que deixem o vosso carro logo ao início da estrada empedrada e caminhem um pouco mais. 







Ao terminarem a visita à Ponte da Misarela, aconselhamos que sigam a estrada e que passem pela barragem da Venda Nova. A estrada N103 tem uma paisagem lindíssima sobre a albufeira da barragem.  


 Dia 4
O roteiro deste dia será um dia de miradouros, cascatas e de contacto com a Natureza e com as gentes da terra.

1- Miradouro da Pedra Bela
Miradouro da Pedra Bela é o postal que se oferece aos amigos depois de uma viagem ao Gerês. Ao fundo a albufeira da barragem da Caniçada presenteia-nos com esta vista magnífica. Agora é altura de retribuírem o "adeus" aos companheiros do Miradouro da Boneca. Deixamos uma pequena sugestão, este miradouro tem o pôr-do-sol mais bonito do Gerês!


2- Cascata do Arado
A cascata do Arado é uma das mais conhecidas e também uma das mais bonitas. Esta cascata na altura do Verão tem um caudal muito reduzido e é ideal para uns mergulhos nas suas águas cristalinas.






3- Miradouro da Rocas

O Miradouro das Rocas é um miradouro bastante recente e foi construído pelos habitantes da aldeia da Ermida. Aqui têm uma vista 360º graus sob o coração do Gerês. Conseguem ao fundo ver a aldeia de Fafião e Salamonde.






4- Aldeia da Ermida
A aldeia da Ermida é uma aldeia comunitária, onde a população se entreajuda e se dedica a preservar ao máximo o lugar. 


A aldeia da Ermida é a nossa aldeia do coração, e é aqui que reservamos, maioritariamente, o nosso alojamento. A aldeia dispõe de vários trilhos e uma cascata, a Cascata da Rajada e o famoso PR14 - Sobreiral da Ermida do Gerês, que aconselhamos vivamente a fazê-lo.

O que visitar na aldeia de Ermida!


Sugestão de alojamento no Gerês:

Ermida Gerês Camping

Como já referimos, nós somos apaixonados pelo Gerês e pelas caminhadas na montanha, e como tal é aqui que encontramos o aconchego que precisamos, e temos a certeza que também o irão encontrar. É de facto um parque de campismo, contudo para quem não gosta de campismo em tenda, o parque disponibiliza outras opções de alojamento. Além de um lugar para dormir irão encontrar a vossa casa do Gerês.

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Dica de Viagem: Mesmo que este não seja o vosso alojamento podem sempre pedir apoio junto dos proprietários do Ermida Gerês Camping. São montanhistas profissionais que conhecem extremamente bem o Gerês e inclusive organizam passeios de jipe e de canoas, que vos levaram a Recantos do Mundo fora o alcance do turista. São locais extraordinariamente belos, e sugerimos que façam uma destas atividades organizadas pelo Ermida Gerês Camping.

5- Cascata da Rajada (ou Ranjada)

A cascata da Rajada, ou Ranjada como o povo a chama, está localizada na aldeia da Ermida e encontra-se devidamente sinalizada.





6- Frecha de Barjas (Cascata do Taiti)
A Frecha de Barjas, ou Cascata do Taiti para os turistas, é a cascata mais impressionante do Parque Nacional Peneda-Gerês, uma das mais bonitas do rio Arado. Aqui é também preciso especial cuidado, porque é uma zona de acidentes. Para esta cascata devem vir bem calçados.





Dica de Viagem: Devem descer até ao primeiro poço da cascata pela margem direita do rio pelos degraus de granito. Existe de facto um trilho pela margem esquerda que irá dar ao encontro do rio Arado com o rio Toco. Este caminho é um caminho com algum grau de dificuldade pelo que recomendamos alguma precaução.  

Dia 5
O roteiro deste dia será baseado na parte transmontana do Parque Nacional Peneda-Gerês em que irão conhecer a outra face do Gerês, dedicado à cultura do povo e ao legado dos primeiros que se apaixonaram pelos pináculos destas serras. 

1-Vila da Ponte
A vila que tem nome por causa da ponte romana. É uma aldeia muito simples que esconde um recanto do mundo dos nossos antepassados. Terá sido a primeira ponte a ser construída sob o ribeiro do Cabril, afluente do rio Rabagão.





Vista Panorâmica sob a Vila da Ponte

2- Montalegre

A vila de Montalegre alberga uma das portas do parque nacional, e é palco de tradições e superstições. 

3- Pitões da Júnias
Pitões das Júnias é uma aldeia emblemática do Gerês que acolhe um importante mosteiro, anterior a nacionalidade. 


Após visitarem Pitões das Júnias, podem regressar à vila do Gerês pela mesma estrada ou então seguir em direção a Espanha e passar a fronteira de Tourém, atravessar a ponte e seguir em direção a Lobios, cujo objetivo é entrar novamente em Portugal pela Portela do Homem. 

O que visitar em Pitões das Júnias!


4. Santuário de Couso de Salas
Neste trajeto irão passar por Couso de Salas e sugerimos que visitem o Santuário de Couso de Salas. Este santuário começou a ser construído no século XVIII, contudo a obra ficou finalizada no século XIX. Foi um importante templo cristão quer por cristãos do norte de Portugal como para galegos. 






5. Aquis Querquennis
Antes de chegarem a Lobios, se forem amantes de água quente termal, façam um desvio em Os Baños (San Xoán) perto do Bande. Aqui as piscinas termais estão localizadas á beira da barragem e as tinas são as primitivas usadas pelos romanos. Junto às piscinas encontram-se as ruínas de um acampamento romano e podem visitar o Aquis Querquennis Centro de Interpretação Aquae querquennae - Via Nova 




Para finalizar este artigo, queríamos apenas deixar-vos algumas recomendações importantes para que possam viajar no Parque Natural da Peneda-Gerês com o máximo de conforto e segurança:
  • Utilizar diariamente proteção solar (mesmo no Inverno e principalmente nas caminhadas) e chapéu;
  • Em determinadas alturas do ano e em locais de águas mais paradas, não se esqueçam de levar repelente (aplicar sobre o protetor solar). Também útil para a noite, principalmente para quem optar por acampar;
  • Levar para as caminhadas bastante água e alguns snacks (atenção que em grande parte dos trilhos poderá não haver nenhum ponto de água acessível);
  • Utilizar calçado adequado à atividade a praticar e sempre com rasto antiderrapante;
  • Antes de partir para um trilho, informar sempre, ou no local onde se encontram hospedados, ou a algum familiar. Referir qual o trilho em concreto que pensam fazer e a duração estimada do mesmo, para que se houver algum "atraso" saibam mais ou menos onde vos procurar. Não se esqueçam que em muitos locais não há rede de comunicações.
  • Por último, mas não menos importante, recomendar-vos muito bom senso. Sim, se não têm preparação física para determinado trilho, não o façam; se têm dificuldade de orientação, optem por trilhos simples e devidamente sinalizados; se têm problemas de equilíbrio, não arrisquem em cima de rochas e penhascos e se não são aventureiros, vivam e descubram o Gerês ao vosso ritmo e à vossa medida. Certamente que mesmo assim, sairão deste Parque Natural completamente deslumbrados.
Foto tirada na primeira caminhada que fiz no PNPG

Como já referimos, este roteiro foi elaborado mediante a nossa experiência de viagem pelo Parque Natural Peneda - Gerês. É importante salientar que visitamos regularmente, há vários anos, esta montanha e os locais aqui mencionados fizeram parte dessas inúmeras visitas. O roteiro é o que nós recomendamos para conhecer um pouco do Gerês. Contudo, existem outros lugares que não mencionamos intencionalmente de forma a proteger ao máximo a montanha do turismo em massa. O Parque Nacional Peneda-Gerês é a "menina dos nossos olhos" e por isso empenhamo-nos a preservá-lo e a respeitar tal como a Natureza merece.  

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