O que visitar no coração da Andaluzia!
Roteiro para 3 dias!
Sevilha, considerada capital da Andaluzia, está plantada nas margens do rio Guadalquivir, foi palco de episódios importantes da historia da Espanha e cenário de algumas epopeias em épocas de maior esplendor.
O Rio Guadalquivir assume um papel fundamental na história e no desenvolvimento da cidade. Sempre foi um rio navegável e durante século foi um caminho natural de transporte de mercadorias, pessoas e animais. No inicio da expansão marítima da Espanha, as naus das expedições partiam de Sevilha, descendo as águas do Guadalquivir até ao mar, para depois seguirem caminho para as Américas. Sendo um curso de agua bastante utilizado, Sevilha começou a ser um centro comercial poderoso, onde chegavam todo o tipo de produtos provenientes das colónias e das terras conquistadas além-mar.
Em Sevilha sente-se o cheiro das tradições, as cores, os sabores e a música flamenga tocada e dançada nas ruas. É exatamente este fervilhar de vida e cor que torna Sevilha num local especial na Andaluzia.
Templo Museu de La Anunciacion - Panteon de Sevilhanos Ilustres |
Sevilha é uma cidade muito moderna e muito visitada de Espanha. Pode-se chegar a Sevilha de avião, comboio, Autocarro ou veiculo próprio. As estações de Autocarros e de Comboios são relativamente próximas da cidade e existem transportes de ligação. Quando se viaja em transporte próprio, seja carro, mota ou van/autocaravana devem ter em atenção onde estacionar.
Estacionamento:
Em Sevilha não encontrámos alternativas gratuitas de estacionamento no centro ou perto do centro. Contudo, Sabádo a partir das 14h, domingos e feriados não se paga estacionamento na maioria dos locais onde normalmente o estacionamento é pago. Acidade disponibiliza várias opções de estacionamento subterrâneo públicos a pagar. Se ficarem em Sevilha umas horas, vale mais pagar e não perder tempo a procurar. Caso pretendam pernoitar, então sugerimos que reservem hotel com estacionamento ou perto de um estacionamento publico. Deixamos aqui várias sugestões:
- Estacionamento San Bernardo
- Interparking Cano y Cueto - Avenida de Menendez y Pelayo
Alojamento:
Transportes públicos em Sevilha:
Existem vários meios de transportes que podem usar em Sevilha. Existe o Metro com apenas uma linha, que começa na Cidade Expo até ao lado oposto da cidade, passando pelo centro.
Informações sobre as tarifas do Metro de Sevilha
Os Autocarros vão a todas as zonas da cidade e funcionam muito bem. Este será o melhor transporte para usar em Sevilha.
Informações sobre as Tarifas de Autocarro em Sevilha
O Metro e o Autocarro têm Cartões recarregáveis turísticos de 1 a 3 dias.
Outra alternativa é alugar bicicleta ou trotinete, o que será uma experiência incrível. Nós optámos por percorrer a cidade a pé, e na nossa opinião, é uma boa opção, uma vez que o centro da cidade não é assim tão grande.
Onde comer em Sevilha:
Como poupar dinheiro em entradas de museus ou monumentos:
A maioria dos museus e monumentos e algumas igrejas em Sevilha têm um custo de entrada. Contudo existem estratégias que vos permitem poupar dinheiro e visitar mais sítios. Estas são as nossas sugestões:
- Escolher dias de entrada gratuita: Segunda-feira a entrada é gratuita na Torre del Oro. Após as 16h a entrada no Palácio las Dueñas e no Real Alcázar são gratuitas. Sexta-feira a entrada é gratuita no Palácio da Condessa de Lebrija.
- Aproveitar os bilhetes combinados:
- Aproveitar a visitar todos os museus gratuitos que despertem interesse, tais como o Arquivo das Índias e Centro de Interpretação da Arte Mudéjar.
O nosso roteiro por Sevilha será baseado na nossa experiência pessoal, e está padronizado para três dias completos. Vamos dividir a cidade em quatro partes e explorar o que devemos visitar em cada uma delas, distribuindo pelo tempo definido.
1º Dia - El Arenal e Triana
Começamos o primeiro dia pelo Bairro do El Arenal e Bairro de Triana. O Bairro do El Arenal, bordejado pelo rio Guadalquivir, é dominado pela Torre del Oro e pela belíssima Plaza de Touros de la Maestranza, onde acontecem touradas há mais de duzentos anos. O Paseo do rio Guadalquivir proporciona uma agradável caminhada com vista para o bonito bairro de Triana, do lado oposto do canal.
Ponte de Triana e Calle Betis |
Réplica da Nau Vitória, uma das embarcações que fez parte da frota da primeira volta ao mundo levada a cabo por Fernão de Magalhães |
1. Torre del Oro
A Torre del Oro, ou do ouro, foi construída no século XIII como proteção do porto a eventuais ataques via fluvial. Trata-se de uma construção mourisca e fazia parte das muralhas da cidade com ligação direta ao Real Alcázar. Terá existido outra torre semelhante na margem oposta, estando interligadas por uma ponte de ferro. O nome "ouro" pode estar associado a presença de azulejos que a decoravam na época ou ao facto de as riquezas vindas das américas fossem ali descarregadas.
Pintura que representa a chegada de Cristóvão Colombo à América |
Catedral vista do topo da Torre del Oro |
Ponte de San Telmo e parte sul da cidade vista do topo da Torre del Oro |
Torre de Sevilha e parte norte da cidade vista do topo da Torre del Oro |
Dica de Viagem: A Torre del Oro atualmente alberga o Museu Marítimo, com uma exposição muito interessante. A visita é paga, exceto à segunda-feira que a entrada é livre. No topo da torre conseguimos uma vista de 360º sobre a cidade de Sevilha e Bairro de Triana.
2. Plaza de Toros
A Plaza de Toros de Sevilha é das mais antigas de Espanha, datada do século XVIII, e destaca-se pela sua fachada barroca em branco e ocre, tão característica da Andaluzia.
3. Plaza del Cabildo
El Torno, é outro nome dado à tranquila Plaza del Cabildo. Apesar deste recatado espaço se encontrar no coração do Bairro do El Arenal é um local bastante tranquilo e dada a sua arquitetura deve ser um espaço bastante fresco nas tardes quentes de verão em Sevilha.
Dica de Viagem: Um dos acessos a esta praça é pela Avenida de La Constituición, junto à Catedral de Sevilha.
4. Bairro de Triana
O Bairro de Triana está localizado na margem oposta do rio Guadalquivir. Recebeu o seu nome do imperador romano Trajano e foi outrora o bairro cigano de Sevilha. Triana é o centro nevrálgico da cultura do flamengo, tendo sido berço de vários dançarinos e cantores. Triana continua a ser um bairro da classe operária, e durante séculos foi residência dos melhores artesãos e mestres de cerâmica de Sevilha, responsáveis pela maioria das obras da cidade, nomeadamente a Plaza de Espanha.
Dica de Viagem: Para chegar a Triana sugerimos que atravessem a Ponte de Triana, e depois de explorarem o centro do bairro, percorram a Calle Betis até ao final e regressem ao bairro do El Arenal atravessando a Ponte de San Telmo.
Ponte de Triana
A Ponte de Triana, ou Ponte Isabel II, permite ligar o centro de Sevilha ao bairro de Triana. A primitiva passagem sobre as águas do rio Guadalquivir consistia numa ponte feita de barcas, onde eram colocadas várias placas de madeira sobre vários barcos, formando uma plataforma de travessia de pessoas, animais e veículos. Mais tarde foi construída uma ponte a sério.
Plaza de Altrozano
Castelo de San Jorge e Capela El Carmen
Dica de Viagem: O Castelo de San Jorge está localizado junto ao Mercado de Triana, e a entrada é por baixo da capela de San Cármen. Quando visitámos Sevilha o castelo encontrava-se encerrado temporariamente. O bilhete do Real Alcázar dá acesso gratuito ao castelo.
Mercado de Triana
Igreja de Santa Ana
Centro de Cerâmica de Triana
Este espaço museológico é muito interessante, porque explica como são feitas as peças de cerâmica desde da sua criação até à sua decoração.
Dica de Viagem: O bilhete do Real Alcázar dá para entrar gratuitamente no museu. A entrada é pela calle de San Jorge, virando logo à direita a seguir ao mercado.
Calle Betis
2º Dia - Bairro de Santa Cruz e La Macarena (Fora do Centro)
O segundo dia deste roteiro está dedicado ao Bairro de Santa Cruz e La Marcarena. Esta é a zona de Sevilha onde estão concentrados os monumentos mais importantes da cidade. Dependendo do vosso ritmo de viagem, alguns dos locais mencionados, poderão ter que passar para o dia seguinte.
O Bairro de Santa Cruz está localizado na zona da Catedral, do Real Alcázar e do Arquivo das Índias, que em conjunto foram classificados Património Mundial da Humanidade pela Unesco em 1987. É também neste bairro que se encontrava a antiga judiaria de Sevilha, da qual subsistem as ruas estreitas e a antiga sinagoga, hoje convertida na Igreja de Santa Maria de la Blanca. A confusão de ruelas brancas e de pátios floridos são o que melhor caracterizam esta pitoresca zona da cidade. Foi neste bairro que o artista Bartolomé Esteban Murillo viveu durante o século XVII.
Rua da Judiaria
1. Real Alcázar de Sevilha
O Real Alcázar de Sevilha ocupa grande parte do centro da cidade, e do bairro de Santa Cruz, junto à Catedral e ao Arquivo das Índias. O Topónimo "alcázar" significa fortaleza e terá sido construído no século X por Abderramán III. O atual edifício nada deve ao original, este terá sido reconstruído após a reconquista cristã de Sevilha, tendo sido projetada pelos reis cristãos, de acordo com o seu gosto e com base no estilo decorativo Mudéjar. Desde o período da reconquista que o Alcázar de Sevilha assumiu a função de residência oficial dos reis de Espanha.
Entrada para o Pátio da Montaria |
Fachada do Palácio de Pedro I ou Palácio Mudéjar |
O bilhete geral do Real Alcázar permite visitar o palácio e os jardins. Em destaque estão o Palácio de Pedro I, o Pátio de las Muñecas, o Pátio das Doncellas, o Salão dos Embaixadores, o Salão de Carlos V, os Jardim da Dança, o Tanque de Mercúrio e os Banhos de Maria Padilha.
Pátio de las Doncellas |
Salão dos Embaixadores |
Tanque de Mercúrio |
Banhos de Maria Padilha |
Dica de Viagem: A visita ao Real Alcázar de Sevilha é paga e os bilhetes podem ser adquiridos no local ou comprados Online no Site Oficial. Existem vários tipos de visitas, entre as quais pode incluir a visita ao "Cuarto Alto". O "Cuarto Alto" é a residência oficial dos reis de Espanha e as visitas são guiadas. À segunda-feira entre as 16h e 16h30 a entrada é gratuita, poderá ser uma vantagem se for verão que os dias são maiores. O bilhete do Alcázar dá acesso a mais monumentos na cidade.
2. Catedral e Giralda
A Catedral de Sevilha está localizada no coração do centro da cidade, junto ao Real Alcázar e ao Arquivo das Índias. Este é o maior templo gótico do mundo e a terceira maior catedral de qualquer estilo, competindo com a Basílica de São Pedro em Roma e com a Catedral de Saint Paul em Londres. A catedral foi construída no lugar de uma antiga mesquita, sendo que o único elemento que subsiste é o minarete, que foi convertido em torre campanário. A essa torre foi acrescentado no top um cata-vento chamado de Giralda, porque girava com o vento. Assim, ficou designada toda a torre como Giralda. Existe uma réplica em tamanho real da Giralda no pátio de entrada da catedral.
Dica de Viagem: A visita à catedral é paga e dá acesso a subir à Giralda. O bilhete pode ser adquirido no local ou Online no site oficial. A visita às cúpulas é reservada à parte e é guiada. o bilhete da catedral dá acesso gratuito à Igreja do Divino Salvador, localizada muito próximo da catedral.
3. Arquivo das Índias
O edifício do Real Arquivo das Índias está localizado entre a Catedral de Sevilha e o Real Alcázar. Foi contruído no século XVI como bolsa para mercadores, onde seriam guardados documentos relacionados com a colonização e das viagens às américas. Seria igualmente o local de reunião da preparação de expedições. O arquivo conta com 86 milhões de paginas manuscritas e 8000 mapas, que constituem a exposição museológica que pode ser visitada.
Dica de Viagem: A visita é gratuita, está aberto todo o dia exceto aos domingos que encerra à tarde e à segunda-feira também está encerrado.
Nas imediações dos três monumentos declarados Património da Humanidade pela Unesco, que são a Catedral, o Real Alcázar e o Arquivo das Índias, encontram-se duas praças muito bonitas, a Plaza del Triunfo e a Plaza Virgen de los Reys.
Ao centro da Plaza del Triunfo está uma estátua barroca em homenagem a sobrevivência da cidade ao grande terramoto de 1755, o terramoto de Lisboa foi sentido em Sevilha.
Plaza del Triumfo |
A Plaza Virgem de los Reys é famosa pela existência de muitas carruagens puxadas a cavalos, muito características de Sevilha e pela imponência do Palácio Arzobispal, um palácio do século XVIII e que ainda é utilizado pelo clero sevilhano.
Plaza Virgem de los Reys e Palácio Arzobiscopal |
4. Igreja do Divino Salvador
A Igreja o Divino Salvador é localizada na Plaza del Salvador e está considerado como o segundo maior templo da cidade. Foi erguido sobre restos da antiga Mesquita Maior de Ibn Adabbas e em estilo barroco. A Plaza del Salvador é das zonas mais antigas da cidade, conta com quase 2000 anos de historia, onde antes da mesquita, já existiram mansões romanas, um mercado, um hospital e inclusivamente um cemitério. O seu interior é magnífico, onde se podem admirar as mais belas obras barrocas, com retábulos lindíssimos.
Dica de Viagem: A visita ao interior da igreja é paga e para além do templo é possível visitar um pequeno museu. O bilhete da Catedral de Sevilha inclui a entrada na Igreja do Divino Salvador.
5. Palácio da Condessa de Lebrija
O acesso ao Palácio da Condessa de Lebrija é feito pela Calle Cuna, uma das ruas de saída da Plaza del Salvador. Este é, para nós, o palácio mais bonito de Sevilha a seguir ao Alcázar. Aqui encontramos uma belíssima coleção de mosaicos de tesselas romano, resgatado da antiga cidade de Itálica, em Santiponce nos arredores de Sevilha. Na época, a condessa Regla Manjón Mergelina, foi alvo de críticas por ter recolhido uma grande parte de achados arqueológicos de Itálica, contudo o seu trabalho foi fundamental para que mais tarde estas peças fossem estudadas e no fundo acabou por conservá-las e protegê-las da destruição, à semelhança do que acabou por acontecer com a maioria das cidades e vilas romanas na Península Ibérica.
Dica de Viagem: A entrada no Palácio Condessa de Lebrija é paga e podem consultar os horários e preços no site oficial do palácio. À sexta-feira a entrada é gratuita, permitindo visitar apenas o piso inferior. O piso inferior é de visita livre, dedicado à coleção arqueológica da condessa, já a visita ao piso superior é guiada e é proibido tirar fotografias. O piso superior são os aposentos privados da condessa e da sua família.
A partir deste zona da cidade saímos oficialmente do Bairro de Santa Cruz e vamos conhecer uma cidade diferente, onde a modernidade se conjuga com o passado de forma harmoniosa.
6. Metropol Parasol - Las Setas de Sevilha
O Metropol Parasol, também designadas como Las Setas de la Encarnación, são uma construção de design moderno que devolveu notoriedade à Plaza de la Encarnación. Esta praça sempre foi um local mercantil, desde a fundação da cidade, sendo que nos anos 2000, o governo de Sevilha abriu concurso para que fosse ali construída uma nova praça e que ao mesmo tempo fossem preservados os então descobertos achado arqueológicos no subsolo e que se mantivesse a função mercantil da praça. O vencedor do concurso foi o arquiteto alemão Jurgen Mayer-Hermann, que projetou uma estrutura em madeira da Finlândia, considerada a maior do mundo neste material, com 26 metros de altura e 250 metros de passarela no topo, criando um miradouro fantástico sobre a cidade de Sevilha. A obra ficou concluída em Abril de 2011 e foi alvo de muitas criticas na época. A alcunha de "setas" deve-se à sua estrutura em forma de cogumelo, que em espanhol se diz "seta".
Dica de Viagem: O acesso à passarela superior do Metropol Parasol é paga, se for durante o dia tem um custo e se subirem ao pôr-do-sol tem um custo mais elevado.
7. Antiquarium
O Antiquarium é um espaço museológico onde estão conservados achados arqueológicos da época romana encontrados no subsolo da Plaza de la Encarnación durante a construção de estacionamento. Este espólio veio confirmar a existência de um mercado a julgar pela presença de tinas de salga de peixe, por exemplo.
Dica de Viagem: A entrada para o Antiquarium é ao lado das bilheteiras do ascensor para o miradouro do Metropol Parasol. A entrada é paga, mas o bilhete do Real Alcázar inclui a entrada no Antiquarium.
8. Igreja de Santa Catalina
A Igreja de Santa Catalina é originária do Seculo XIII em estilo gótico-múdejar, motivo que a faz fazer parte de um enorme conjunto de igrejas deste estilo em Sevilha. Muito provavelmente terá sido construída sob uma antiga mesquita, da qual herdou o minarete como torre campanário. E evocação da igreja é a Santa Catalina, uma santa romana do século IV.
9. Palácio de las Duenãs
O Palácio de las Dueñas herda o seu nome do desaparecido mosteiro de Santa Maria de las Dueñas, cujas mongas serviam reinas e esposas de nobres dos reis de Castela D. Fernando e Afonso X. A origem da casa-palácio prende-se na família de Los Pinedas, uma família nobre que serviu os reis na Guerra de Granada. Contudo, a família foi obrigada a vendê-la quando Juan de Pineda foi sequestrado pelos mouros e a família entrou em falência económica após o pagamento do resgate. O palácio foi então vendido a D. Catalina de Ribera em 1496, e a partir daí foi passando de geração em geração até que uma das filhas herdeiras casa com o VI Duque de Alba e em 1612 o palácio passa a chamar-se Casa de Alba. Em 1931 é classificado como Monumento Histórico-Artístico. Atualmente a casa está aberta ao publico como espaço museológico e centro de arte, e onde podemos conhecer um pouco da família. Em 2014 faleceu a ultima Duquesa de Alba, Cayetana Fitz-James Stuart, considerada a mulher com mais títulos nobiliários do mundo e mais rica de Espanha.
Dica de Viagem: A visita ao Palácio de las Dueñas é paga, contudo à segunda-feira após as 16 horas a entrada é livre. Devem permanecer na bilheteira um pouco antes para garantirem a vossa entrada, porque caso a lotação seja atingida as visitas só acontecem de hora em hora.
10. Muralhas de Sevilha
Junto à Basílica de La Macarena ainda se encontram restos das antigas muralhas defensivas da cidade. Na extremidade junto à Basílica encontramos o Arco de La Macarena, que aquando a nossa visita encontrava-se em obras de conservação. O extremo oposto termina com a Igreja de San Hermenegildo.
Igreja de San Hermenegildo
11. Basílica de La Macarena
A Basílica de La Macarena foi construída em 1949 em estilo Neobarroco, para albergar a imagem da Virgem de La Esperanza Macarena. Por trás da basílica ainda existe a Igreja de San Gil, onde estaria anteriormente a imagem da santa antes de acontecer o incêndio de 1936.
A partir das Muralhas podem regressar ao centro da cidade passando pela Alameda de Hercules, uma praça enorme onde os sevilhanos desfrutam dos dias de sol. Sugerimos que depois sigam até a Plaza Nueva e Plaza de San Francisco onde está o edifício do Ayuntamiento de Sevilha, que é magnifico. Se continuarem pela Avenida de la Constitución, vão ver edifícios de arte mudéjar modernos magníficos.
Plaza de San Francisco |
Plaza de San Francisco |
Edifício do Ayuntamiento de Sevilha |
Edifício do Banco de Espanha |
Plaza Nueva |
Plaza Nueva |
Edifícios de Arte Mudéjar da Avenida de la Constitución |
Dica de Viagem: Nas imediações da Alameda de Hercules, na Calle Arrayán, podem visitar o Centro de Interpretação da Arte Múdejar. A entrada é gratuita e é o local ideal para se compreender melhor a arte mudéjar em Sevilha e um pouco por toda a Espanha e Portugal.
3º Dia - Parque María Luísa, Plaza de Espanha e Passeio das Delicias
O terceiro dia será dedicado ao Parque Maria Luísa e Plaza de Espanha, e na eventualidade dar mais um voltinha pelo Bairro de Santa Cruz ou El Arenal.
1. Parque Maria Luísa
O Parque Maria Luísa ocupa cerca de 34 héctares da zona da cidade próxima do centro. Este jardim está considerado como o pulmão de Sevilha e é um local ideal para um passeio permitindo uma conexão com a Natureza. O terreno do parque pertencia ao jardim do Palácio de San Telmo, e foi doado pela infanta María Luísa em 1893, à cidade onde posteriormente foi construído o espaço onde iria decorrer a Exposição Ibero-Americana de 1929. O parque divide-se em duas partes, uma é onde está a Plaza de Espanha e a outra são jardins misturados com outros edifícios. No Parque Maria Luísa destacam-se as várias glorietas, nomeadamente a Glorieta de Bécquer que representa o amor, a Ilha dos Patos, a Fuente de los Leones, o Pavilhão Real, o edifício do Museu de Artes e Costumes Populares e o edifício do Museu Arqueológico. O Museu Arqueológico de Sevilha encontra-se na Plaza América, no extremo sul do parque Maria Luísa, foi lamentável estar encerrado quando visitamos a cidade.
Os vários edifícios construídos dentro do parque e em redor do mesmo, foram construídos na altura da exposição como pavilhões representativos dos países colonizados por Espanha e por Portugal, na época da expansão marítima destes dois países europeus.
Pavilhão de Portugal e atual embaixada portuguesa em Sevilha |
Esta era a entrada oficial para a Exposição Ibero-Americana de 1929. No centro está representa a Hispânia com um manto nos ombro |
2. Plaza de Espanha
A Plaza de Espanha faz parte do Parque María Luísa e foi a obra prima construída para a Exposição Ibero-Americana de 1929. Foram necessários 15 anos de obras na qual participaram 1000 trabalhadores diariamente. Os artesãos do Bairro de Triana foram os grandes autores de todos os azulejos e peças de cerâmica que decoram esta praça. A praça foi projetada pelo arquiteto Aníbal González, utilizando o estilo Arte Decó, muito na moda na época, com o Neo-Mudejár, ou Mudéjar clássico.
A Praça de Espanha foi construída para ser o símbolo da Exposição Ibero-Americana e como tal tem vários elementos simbólicos. A forma da praça é em meia-lua, o que representa o abraço da Espanha às suas colónias. A meia-lua é acompanhada por um curso de água artificial e que abre a praça. Este curso de água representa o rio Guadalquivir como caminho natural da viagem às américas. As quatro pontes que atravessam o curso de água representam os quatro antigos reinos de Espanha, Leão, Castela, Navarra e Aragão. O extremos da praça são marcados por duas belas torres de 74 metros e no centro uma imponente fonte.
Dica de Viagem: A Praça é de visita gratuita e livre e está aberta todos os dias e dia inteiro. Podem comprar um passeio em carruagem de cavalos ou alugar bicicleta e percorrer o parque. Sugerimos que percorram a praça de um lado ao outro, admirando os nichos azulejados das províncias, que são talvez o elemento decorativo mais bonito da praça.
3. Passeio das Delícias
O Passeio das Delícias é uma delícia como o nome indica, estende-se pela margem do rio Guadalquivir e leva-nos por um passeio formidável e a descobrir mais edifícios magníficos.
Ponte de San Telmo |
Palácio de San Telmo |
Edifício de Arte Contemporânea |
Durante a caminhada pelo Passeio das Delícias vamos encontrando vários pavilhões contruídos na época da Exposição dedicados aos países, como por exemplo o México, Brasil e Colômbia. Numa das ruas perpendiculares encontramos o Teatro Lope de Vega. Outro edifício que não fica despercebido é o Costureiro de la Reina.
4. Real Fabrica de Tabacos
Em frente à entrada principal do Parque María Luísa encontra-se o edifício da antiga Real Fabrica de Tabacos de Sevilha, onde atualmente funciona um polo da Universidade de Sevilha. Graças às culturas de tabaco nas suas colónias, a Espanha conseguiu construir um poderoso monopólio com a produção e comércio do tabaco.
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